No dia 16 de Outubro de 2024, às 10h, ocorreu a reunião do Conselho Presbiteral do Porto no Seminário do Bom Pastor. Dom Manuel Linda, Bispo do Porto e Presidente do Conselho, deu as boas-vindas aos participantes deste novo triénio, incentivando a participação ativa e expressando o desejo de que as reflexões tivessem impacto prático.
Logo no período «antes da Ordem do dia», o Presidente da Fraternidade Sacerdotal, pediu a palavra para destacar a implementação dos novos Estatutos e a criação de um Regulamento Interno, que visa objetivar os apoios aos sócios, especialmente no pagamento de despesas médicas e auxílio financeiro aos sacerdotes sem remuneração suficiente para as suas necessidades. Ele também mencionou a “Casa dos Castanheiros” em Esmoriz, como um local de repouso e reflexão espiritual, cuja estadia e refeições são gratuitas para os sócios um dia por ano. Este espaço está ainda disponível para acolher as variadas atividades pastorais de todos os carismas e paróquias que dela precisarem. Dom Manuel Linda aproveitou o momento para esclarecer que ex-votos, como ouro e imagens oferecidas às paróquias, não podem ser vendidos, aplicando-se o mesmo à prata com finalidades semelhantes.
Sendo a primeira sessão deste novo Conselho Presbiteral, procedeu-se à eleição do Secretariado Permanente onde o Pe. Sérgio Leal foi eleito presidente, seguido pelo Pe. Renato Poças (vice-presidente) e Pe. André Soares (secretário). O Secretariado conta ainda com o Cón. Joaquim Santos e o Pe. Ricardo Aguiar como vogais. Realizou-se igualmente a nomeação dos párocos delegados que visam auxiliar o Bispo Diocesano no processo de remoção de párocos quando existe uma causa justa, mas sem imputar-lhes culpa grave.
De seguida avançou-se para a definição da metodologia a utilizar, em que foi proposto que fosse adotada a prática de escolher um tema numa reunião para ser discutido na seguinte, possibilitando o estudo prévio individual de cada um dos participantes. Complementando, foi sugerida a metodologia do “discernimento comunitário“, adotada em Roma durante os encontros sinodais, em que se parte de uma questão em concreto, envolvendo momentos de oração, partilhas individuais e coletivas, culminando na construção conjunta das conclusões do grupo. Terminando, foi ainda proposto que a metodologia a utilizar incluísse várias questões e não apenas uma.
Cumprindo a ordem de trabalhos, na escolha de temas para as futuras sessões deste Conselho, registaram-se dois que foram bastante debatidos, mormente a formação contínua do clero e a sua condição financeira. Estes dois temas, de acordo com os presentes, exigirão da parte de todos uma reflexão coletiva e propôs-se que essa reflexão fosse realizada posteriormente aos subsídios e considerações realizados por uma equipa necessária criar para esse efeito, pudesse trazer. Outros temas sugeridos foram: as unidades pastorais e a sua organização territorial; o esgotamento e desânimo do clero (burnout); a vida comum dos sacerdotes; a criação de um Centro Diocesano da Escuta para apoiar casais em crise matrimonial e a sua readmissão aos sacramentos; a Pastoral Sócio-Caritativa em geral e os Centros Sociais Paroquiais em concreto. Também a caracterização sociocultural da mentalidade religiosa dos adultos, as questões colocadas pelos jovens da Diocese do Porto na iniciativa “Porto, que procuras” e a criação de um Compêndio Pastoral, mereceram referência como temas para reflexão neste conselho.
Em relação às sugestões para a celebração do Jubileu de 2025, depois de se falar sobre o Jubileu dos Sacerdotes e do Jubileu dos Jovens e das várias atividades propostas pelos Secretariados já marcadas no Calendário Pastoral, propôs-se que a abertura do Ano Jubilar, que será realizada na Catedral do Porto no dia 29 de Dezembro de 2024, às 16h, fosse coroada com uma multidão de pessoas de toda a Diocese e lançou-se a proposta de se criar um símbolo comum (estandarte, diploma ou placa) para as igrejas jubilares. Foi sugerido ainda que as igrejas jubilares tenham horários de abertura prolongados e a presença de sacerdotes disponíveis para celebrar a reconciliação, assim como uma equipa de acolhimento que pudesse esclarecer qualquer dúvida sobre o jubileu. Nessa mesma linha de pensamento, foi proposto a realização de formações on-line.
No final da reunião, Dom Manuel Linda exortou os presentes a não hesitarem em apresentar propostas concretas e reforçou a importância da escuta mútua. A reunião foi encerrada com oração, e as datas dos próximos encontros foram relembradas.