Foi a 15 de março de 2018 que D. Manuel Linda foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo do Porto. Faz hoje 6 anos. A sua entrada solene na diocese do Porto foi a 15 de abril.
Na homilia desse dia de abril de 2018, na Missa Solene, D. Manuel Linda recordou a passagem do Evangelho proclamada na celebração dizendo: “Aquele que congregou os Doze à sua volta, qual verdadeira família, e sofreu a sua fuga e abandono, parece que não consegue viver sem eles. Por isso, procura-os e recria a antiga convivialidade, como se nada tivesse acontecido”. Para o bispo do Porto esta passagem evangélica revela a necessidade de “intimidade” com Jesus, o “Ressuscitado”, que permite “recomeçarmos uma nova caminhada” mesmo na nossa “traição mais vergonhosa”. Uma intimidade que permite o apostolado no “anúncio, celebração e compromisso” que no Porto deverão ser – segundo o bispo – “a nossa ‘alegria’ e “a nossa missão’.
E o apostolado deve ser vivido recuperando “continuamente” a “obra da salvação” com “os enormes contributos” dos “múltiplos sectores da sociedade”, disse D. Manuel Linda apontando alguns: “a transmissão dos valores na família, o inestimável contributo da cultura, a força ordenadora da lei justa, o papel organizador da atividade político-administrativa, a prevenção ou repressão atribuídas às Forças Armadas e às Forças de Segurança…”
D. Manuel Linda na sua primeira homilia como bispo do Porto afirmou contar com todos os diocesanos, em particular, com os jovens aos quais repetiu as palavras do Papa Francisco: “O tempo em que vivemos não precisa de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos. Melhor: com as sapatilhas calçadas. Este tempo só aceita jogadores titulares em campo, não no banco de suplentes”.
“Caros diocesanos do Porto, minhas senhoras e meus senhores, esta é a nossa missão. Porventura, mesmo sem o reconhecer, esta é a fermentação evangélica que o nosso mundo anseia”, declarou D. Manuel Linda que citou Agustina Bessa-Luís para afirmar que “ser presença da Igreja neste mundo passa, consequentemente, por ‘comover [os corações] para desconvocar a angústia e aligeirar o medo’.
“Para esta ação pastoral de “comover” os corações, conto com todos. Com todos”, frisou o bispo do Porto introduzindo a ideia de uma “equipa diocesana” da qual ninguém está excluído:
“A nossa equipa diocesana do Porto não terá, portanto, suplentes: nem jovens nem crianças, nem adultos nem idosos, nem ricos nem pobres, nem cultos nem humilhados. Tê-los-á a todos como titulares e em campo. Certamente treinados e capitaneados pelos bispos e padres. Não para gáudio destes, mas para, mais organicamente, obter bons resultados e marcar pontos no atuar da salvação no mundo.”
D. Manuel Linda concluiu a sua homilia afirmando: “Caros fiéis em Cristo, estamos todos na «barca de Pedro»: ou navegamos ou nos afundamos. Então, o melhor será remarmos em conjunto”, concluiu.