No dia 5 de maio, na sede nacional da B’nai B’rith International, decorreu a sessão solene de entrega do reconhecimento de D. Manuel Linda como “Embaixador da Paz, da Boa Vontade e da Tolerância”, tributo que lhe foi conferido pelo Observatório Internacional dos Direitos Humanos (OIDH).
A Presidente da secção portuguesa da B’nai B’rith International, Dra. Gabriela, saudou os presentes e referiu a razão de esta Associação se juntar ao OIDH para homenagear o atual Bispo do Porto: pelo seu contributo determinante para um perfeito entendimento e boa relação entre duas comunidades que nem sempre souberam cooperar e respeitar-se mutuamente, a católica e a judaica. Depois, o Dr. Luís Eduardo Afonso Andrade, Presidente do Observatório Internacional dos Direitos Humanos, leu o texto do “Tributo” e sublinhou a sua alegria por saber que, desde há muito, pode contar com o contributo de D. Manuel Linda “para a construção de um mundo mais justo, fraterno e de paz”.
O homenageado agradeceu, comovido, e começou por referir: “São muitas as designações dos tributos e condecorações que se atribuem. Eu próprio possuo algumas. Porém, nenhuma é tão apropriada para um religioso como esta de se poder dizer que ele é um «Embaixador da Paz, da Boa Vontade e da Tolerância». Esta é uma denominação que deveria assentar perfeitamente em qualquer crente de qualquer religião, muito mais num líder religioso, e até em todo o homem e em toda a mulher que valorize sobremaneira o timbre do seu humanismo”. E referiu que o aceita como desafio a fazer sempre mais pela justa convivência e por uma crescente cooperação solidária entre todos, neste mundo globalizado, no qual a religião, raça, língua cultura ou outra caraterística não podem constituir motivos de desconfiança ou pretextos de agressão, mas riquezas a apreciar e a valorizar.
No final, foi pedido ao homenageado que aceitasse responder a algumas perguntas, como forma de pessoas de cosmovisões diferentes se conhecerem melhor entre si. Isso deu pretexto para uma longa e muito simpática troca de ideias na qual imperou sempre a plena concordância ética perante os grandes desafios com os quais o mundo se confronta.