Informação
A paróquia de Vilar de Andorinho engalanou-se em tempo de Advento, muito próximo do Natal. E por um motivo válido. Depois de muito tempo de espera, a conjugação de esforços entre a paróquia do Divino Salvador de Vilar de Andorinho cujo pastoreio está confiado ao Padre Albino Reis, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia liderada pelo Presidente Dr. Eduardo Vítor Rodrigues e pela Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho ao leme da qual está o Dr. Serafim Teixeira surtiu resultados. Uniram-se vontades, derrubaram-se muros em sentido físico e metafórico, melhoram-se, substancialmente, as acessibilidades ao Centro de Celebração e ao espaço cívico subjacente, melhoraram-se funcionalidades no interior do templo, travou-se a degradação dos telhados e paredes.
Neste domingo, 22 de dezembro de 2024, com a presença das autoridades civis já mencionadas e a visita do Bispo da Diocese, D. Manuel Linda, o pároco partilhou com todos os presentes, e eram muitos de todos os cantos da paróquia de Vilar, a alegria de todos se juntarem para bendizer ao nosso Deus numa “nova tenda” agora renovada e muito mais bonita e funcional. Uma placa alusiva perpetuará a data e o motivo da festa.
D. Manuel Linda presidiu à Eucaristia do IV Domingo do Tempo do Advento, que congregou os paroquianos. O coral da paróquia animou a celebração litúrgica e o órgão de tubos fez-se ouvir “aquecendo” o tempo de celebração e de ação de graças.
Na homilia, depois de reflexões várias sobre o conteúdo das leituras do Domingo, o Sr. Bispo D. Manuel Linda, diria, ainda, e sobre o momento que vivíamos em Vilar:
“Os templos (igrejas) das mais diversas paróquias estão/estavam, quase sempre cercados de muros, razões que em outras épocas se justificavam. Mas, agora, os tempos são outros. Os muros nunca quiseram significar que dentro estava o bem e fora o mal, nada disso. Razões de proteção, principalmente em espaços mais rurais, à invasão de animais, etc. …. Uma forma de proteger a dignidade do local. ….. O que antes justificava a existência dos muros, hoje reclama a sua demolição. Abre-se o espaço novo para Deus que montou a sua tenda junto dos seus filhos. E, aqui, em Vilar de Andorinho também foi isso que aconteceu”
“Aqui se vê a possibilidade de uma autonomia colaborativa entre a Igreja e o poder político. Funções distintas, mas não, obrigatoriamente, contrárias. Autonomia colaborativa em que as partes dão as mãos. Ninguém pode, ninguém quem dominar ninguém, mas antes o dar as mãos. Aqui em Vilar de Andorinho, como em outras terras, nos satisfaz esta autonomia colaborativa. …. O verbo servir é central nesta autonomia colaborativa.”
Concluiria, afirmando: “Todos temos de caminhar de mãos dadas. As guerras, a falta de solidariedade entre os que podem e têm tudo e os que não têm nada, não conduz a nada. Muitos países regridem em vez de evoluírem. O mundo tem de avançar, como disse no comentário às leituras deste domingo, na busca da paz e da solidariedade. O mundo não pode andar para trás. Peço aos cristãos e às entidades civis esta colaboração. É isto que, também, pedimos ao nosso Deus que agora nos visita no Natal.”
Para recordar este momento, o Conselho Económico da paróquia entregou uma oferta singela, mas simbólica, ao Sr. Bispo e ao Sr. Presidente da Câmara.
Concluída a Eucaristia, o pároco Padre Albino Reis, convidou o Bispo da Diocese do Porto e o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a descerrarem a placa comemorativa do acontecimento, junto ao corta-vento no fundo da igreja.
Seguiram-se momentos de partilha com a muita gente presente no adro renovado da Matriz, agora denominado de Centro Cívico. Tais momentos começaram com a atuação do Rancho Folclórico da Paróquia do Divino Salvador de Vilar de Andorinho. Seguiram-se os discursos de regozijo pelos resultados e agradecimento pela disponibilidade colaborativa entre partes. Por fim Porto d’Honra, na sede da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, frente ao Centro Cívico e à Matriz, também objeto de obras de requalificação.