Entre as muitas definições de varanda, há uma que me chama mais a atenção: “a parte de uma casa que estabelece uma transição gradual entre os espaços internos e os espaços externos”. Neste sentido, o Seminário Maior da Nossa Senhora da Conceição do Porto está dotado de uma grande varanda que quase o identifica e se gravou indelevelmente em todos nós os que tivemos a felicidade de lá sermos formados. É conhecida por varanda de São João de Brito por causa do mais ilustre aluno que por lá passou, num tempo em que ainda era Colégio dos Jesuítas: esse enorme missionário, martirizado na Índia.
Segundo aquela definição, em sentido alegórico, todo o Seminário é, por natureza, uma varanda: na grande casa do mundo, uma transição gradual entre a interioridade da formação presbiteral e o espaço do mundo a que somos enviados. Por isso, nesta perspetiva, varanda e Seminário quase se identificam.
Pois, é para essa “varanda” que queremos transferir os nossos alunos. O Seminário está lá há muitos, muitos anos. Porém, a contínua degradação do edifício, com cerca de quatrocentos anos de vida, e a falta das condições mínimas de habitabilidade que se exigem no tempo de hoje, obrigaram-nos a transferir, temporariamente, os alunos para a Casa Diocesana de Vilar. Mas o lugar de um Seminário Maior deve ser junto à Sé Diocesana e ao seu Bispo.
Como tal, queremos que, em breve, eles regressem. Depois das obras feitas, claro. O que, atendendo ao enorme volume, só será possível com o generoso contributo de todos: cristãos individuais, setores eclesiais, empresas e, fundamentalmente, Paróquias, as futuras beneficiárias dos sacerdotes que de lá sairão.
Para dar notícia da bem conhecida generosidade dos cristãos do Porto e de aspetos que se relacionem com as obras, todos os meses teremos alguma informação nesta rubrica. Como hoje, em que tenho o prazer de anunciar que já foram aprovados todos os projetos de arquitetura e especialidades, estando-se já a montar o concurso público para adjudicação das obras. E a apresentar os primeiros “heróis” que, mesmo sem o anúncio oficial da necessidade do contributo de todos, já quiseram “assinar” o livro de ouro da generosidade com as suas gentis ofertas.
FONTE | VALOR |
Sacerdote | 400 € |
Oferta individual | 50 € |
Paróquia de Santa Maria da Feira (S. Nicolau) | 6 000 € |
Pe. Joaquim Rodrigues Vieira Cavadas | 4 000 € |
Laura da Silva Pereira | 1 000 € |
Padres Franciscanos | 750 € |
Paróquia das Antas (Stº António) | 5 000 € |
Irmãos do Caminho Neocatecumenal | 7 300 € |
Sacerdote | 2 000 € |
Sacerdote | 10 000 € |
Paróquia de Tropeço (Stª Marinha) | 450 € |
Oferta individual | 2 000 € |
Paróquia de Mozelos (S. Martinho) | 850 € |
Maria de Lurdes Ruão | 500 € |
TOTAL | 40 300 € |
A todos, Deus retribua em graças e em felicidade.
+ Manuel, Bispo do Porto