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Bispo do Porto lança ideia da criação de uma clínica para ajudar clérigos com doença do foro psicológico


No aniversário da dedicação da Igreja dos Clérigos, cuja Irmandade nasceu para ajudar os sacerdotes pobres, D. Manuel Linda pediu uma atenção especial para “as novas pobrezas de hoje presentes nos ministros ordenados” a nível nacional.

 

No dia dos 245 anos da dedicação da Igreja dos Clérigos e décimo aniversário da conclusão das obras de reabilitação do edifício, o bispo do Porto celebrou Eucaristia, na quinta-feira 12 de dezembro, naquela igreja do centro da cidade do Porto, ex-libris da invicta.

 

Na presença do bispo emérito do Porto e também patriarca emérito de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, do presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Manuel Fernando e de muitos outros sacerdotes da diocese do Porto, D. Manuel Linda agradeceu a quem conservou e renovou o atual espaço edificado da Igreja e Torre dos Clérigos. Citou três nomes “incontornáveis”: “os senhores Cardeais D. Américo Aguiar e D. Manuel Clemente e D. António Francisco, meu ilustre antecessor. A eles, o nosso muito obrigado”, disse o bispo do Porto.

 

Na sua homilia, D. Manuel Linda recordando a função da “Irmandade dos Clérigos Pobres”, na ajuda aos sacerdotes, pediu uma atenção especial para “as novas pobrezas de hoje presentes nos ministros ordenados”.

 

O bispo do Porto lançou mesmo a ideia da criação em Portugal de “uma clínica especializada em descanso e refundação da personalidade de clérigos atingidos por doença do foro existencial e psicológico”.

 

“A minha pergunta é: para além da tradicional ajuda que a Irmandade já está a dar a alguns necessitados, não se poderia investir nas novas pobrezas? questionou D. Manuel Linda. Uma obra “que pudesse assistir os sacerdotes portugueses necessitados e, porventura, os oriundos dos países que falam a mesma língua”, acrescentou.

 

“A nível nacional – não tenho em mente o nível local! – existem debilidades, dependências, desintegração da personalidade. Há alguns sacerdotes em estado de cansaço, burnout, debilidade física e emotiva. Normalmente, é uma situação que o próprio não descobre, pois só os amigos e os técnicos especializados podem diagnosticar”, declarou D. Manuel Linda.

 

“Continue o Senhor a segurar-nos com a sua mão direita para podermos colocar a outra mão ao serviço das novas pobrezas de alguns sacerdotes, razão pela qual nasceu esta Irmandade dos Clérigos Pobres”, concluiu o bispo do Porto.