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Bispo do Porto: “Não à violência organizada. Isso não é do Porto”


D. Manuel Linda afirmou que “não pode haver rancor contra migrantes”. Procissão da Luz encheu de esperança a cidade do Porto.

 

Cerca de mil pessoas acompanharam e viveram intensamente a Procissão da Luz na cidade da Virgem. Esta iniciativa das paróquias e igrejas do Porto, que conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, encheu de esperança a cidade invicta.

 

Esta Procissão com a imagem de Nossa Senhora de Fátima teve lugar na noite de 13 de maio e começou na Igreja da Trindade, tendo passado pelas ruas de Fernandes Tomás, Santa Catarina, Passos Manuel, Praça D. João I, Rua Dr. Magalhães Lemos, Avenida dos Aliados, terminando, de novo, na Igreja da Trindade.

 

No final, no adro da Igreja da Trindade, D. Manuel Linda dirigiu algumas palavras aos fiéis. Declarou que na cidade do Porto não pode haver lugar à “violência organizada”. “Não à violência organizada. Isso não é do Porto”, disse.

 

“Não pode haver rancor contra migrantes”, afirmou o bispo do Porto numa alusão às recentes agressões a migrantes na freguesia do Bonfim na cidade do Porto.

 

Para D. Manuel Linda deve prevalecer “a cultura de respeito pela diferença”. “Não mais violência contra os estrangeiros”, declarou.

 

Na sua intervenção, D. Manuel Linda afirmou também “não à guerra”, sublinhando o valor da paz, lembrando no final da Procissão, que Nossa Senhora é a “rainha da paz”.

 

O Bispo do Porto lembrou a “relação umbilical da cidade do Porto à figura da Virgem Maria” com presença em “tantos elementos e símbolos da cidade”. “Mas não é só passado”, salientou.

 

Nesse sentido, D. Manuel Linda, afirmou que os cristãos do Porto têm Nossa Senhora no coração e a sua cultura da paz. Assim, o bispo do Porto referiu o seu “direito à indignação” para denunciar os males da guerra, em particular, o sofrimento das crianças.

 

“Quando a guerra é sofrida pelas crianças é revoltante”, declarou. “Devemos rezar mas também protestar contra os crimes da guerra”.

 

Registo ainda para as palavras do cónego Fernando Milheiro, em representação das paróquias da cidade do Porto, que sublinhou o empenho e apoio da Câmara Municipal do Porto nesta iniciativa. Mas, principalmente, a sua gratidão a Nossa Senhora: “ao colo de Maria temos confiança no futuro”, disse.