Na Eucaristia com ordenações de novos presbíteros, D. Manuel Linda afirmou ser preciso mais vida “em conjunto” na oração, participação, convívio e fraternidade. Disse aos novos sacerdotes que “o futuro apresenta-se com esperança”.
Foram ordenados na Catedral do Porto quatro novos presbíteros no domingo 14 de julho. Dois do Seminário Maior do Porto: David João Silva Azevedo de Moreira da Maia, Pedro Joaquim Gonçalves Teixeira, de Agilde, Celorico de Basto; outros dois do Seminário Redemptoris Mater: David Samuel Brás de Castro Laranjeira, de Vale de Figueira, Almada, e Adrián Javier Arteaga Paucar de Cuenca, Equador.
Numa celebração presidida por D. Manuel Linda, bispo do Porto, estiveram presentes os bispos auxiliares do Porto, D. Vitorino Soares, também reitor do Seminário Maior do Porto, D. Joaquim Dionísio e D. Roberto Mariz. Especial presença do cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal e dos bispos auxiliares eméritos do Porto, D. António Taipa e D. Pio Alves.
Na sua homilia, D. Manuel Linda pediu mais “sentido comunitário” aos sacerdotes da diocese do Porto, tal como fazia o “grupo dos amigos de Jesus”. Disse ser preciso mais vida “em conjunto” na oração, participação, convívio e fraternidade.
“Caros ordinandos e ordenados, desenvolvamos ainda mais esta dimensão típica de quem se insere em Presbitério. Participemos mais, reunamo-nos mais, convivamos mais, fraternizemos mais, rezemos mais em conjunto. Ser padre é constituir família com os outros padres. E é regressar continuamente a ela, contentes e felizes, como aconteceu com os Apóstolos no final desta primeira tarefa missionária”, declarou.
O bispo do Porto disse aos novos sacerdotes que “o futuro apresenta-se com esperança” citando alguns aspetos da vida da diocese do Porto.
“E o futuro apresenta-se com esperança. Vede o que se passa entre nós: é muito promissora a caminhada sinodal dos jovens na nossa diocese; as instituições diocesanas fazem o seu melhor, as paróquias mantém-se vivas e acolhedoras, o serviço da caridade como que nos identifica; na sociedade civil, os valores humanísticos proclamados pela democracia –de cuja implantação celebramos o cinquentenário- embora sempre confrontados com novos desafios, continuam bem presentes. Enfim, mesmo que a noite seja escura, pequenas lâmpadas rasgam as trevas e aquecem o coração”, disse o bispo do Porto.
Um alerta importante de D. Manuel Linda aos novos presbíteros e a todos os sacerdotes que estiveram na Catedral do Porto, ao pedir para não adotarem os “critérios e procedimentos” do mundo, pois são “mundanos e violentos”.
“Somos enviados ao mundo. Mas não para sermos do mundo, nesse sentido de adotarmos os seus critérios e procedimentos. Se não nos ouvir, que fique com o que é dele que nós ofereceremos o nosso tesouro a outros. O que não faremos é vender a alma aos seus critérios… mundanos e violentos”, disse D. Manuel Linda.
O bispo do Porto no final da sua homilia agradeceu aos sacerdotes da diocese do Porto pelo seu trabalho e apelou aos fiéis para tratarem bem os seus sacerdotes, pois são “referências seguras”, afirmou.
“Na linha da frente, situam-se os sacerdotes que servem esta Diocese do Porto. Quero agradecer-lhes, de coração, e apresenta-los ao povo de Deus como referências seguras. Tratem-nos bem, caros cristãos. Colocai-vos decididamente do lado deles e ajudai-os com a vossa colaboração e estima. Eles também têm sensibilidade!”, declarou.
“E vós, caros novos sacerdotes, esforçai-vos sempre por ser dignos deste grande e belo Presbitério”, concluiu D. Manuel Linda.