O Bispo do Porto sublinhou a importância de se aprofundar a “cultura do diálogo” nas “comunidades, movimentos, grupos, conselhos”. Fazendo caminho sinodal com o “desejo de avançar juntos, apesar de diferentes serem os ritmos e distintas as diversidades humanas”. “É aí que lavamos os pés uns aos outros”, afirmou.
Na Missa da Ceia do Senhor com Rito do Lava-Pés, no dia 28 de março, D. Manuel Linda deu início ao Tríduo Pascal na Catedral, presidindo à celebração que recorda a instituição da Eucaristia nas palavras de Jesus na ceia com os seus apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”.
O Bispo do Porto sublinhou a importância de se aprofundar a “cultura do diálogo” nas “comunidades, movimentos, grupos, conselhos”. Fazendo caminho sinodal com o “desejo de avançar juntos, apesar de diferentes serem os ritmos e distintas as diversidades humanas”. “É aí que lavamos os pés uns aos outros”, afirmou.
“Neste caminho sinodal em que nos encontramos e no qual queremos avançar, olhamos a nossa Igreja como escola de vida e de sabedoria. E esta cultura do diálogo com Deus e entre os cristãos é algo que queremos continuar a profundar e a experimentar nas nossas comunidades, movimentos, grupos, conselhos. Somos uma Igreja em movimento que não cessa de anunciar uma Palavra de vida e, ao mesmo tempo, de testemunhar, nas mais diversas circunstâncias e pelo mundo fora, o valor do amor e do perdão. Somos um povo peregrino a caminho da santidade, conscientes dos nossos limites e fragilidades, mas atento aos sinais e confiante no amor de Deus e no Espírito que nos guia. Estamos no caminho e assumimos o desejo de avançar juntos, apesar de diferentes serem os ritmos e distintas as diversidades humanas e sociais que nos formam e enriquecem, disponíveis para o diálogo que facilita o encontro, a partilha e o discernimento. É aí que damos as mãos. É aí que lavamos os pés uns aos outros quando tal é necessário. É aí que demonstramos permanecer fiéis ao Senhor. Eis, pois, uma caridade que arranca da fé e, simultaneamente, se alimenta da esperança”, disse D. Manuel Linda.
O Bispo do Porto lembrou o “tesouro em vasos de barro” que a Igreja “traz em si” que é a “certeza da vitória” em Jesus Cristo. “É o Senhor que a Igreja anuncia nos sacramentos que celebra, em particular na Eucaristia. A Igreja, povo de Deus que percorre a história, que muitos teimam em olhar como instituição desacreditada, abalada pelos escândalos”, referiu D. Manuel Linda na sua homilia declarando que “sempre que celebramos a Eucaristia, anunciamos a morte do Senhor, mas, com igual convicção, proclamamos a sua ressurreição e olhamos para o futuro”. Um futuro de esperança pois “a esperança cristã conforta e, ao mesmo tempo, desinstala, liberta da timidez, do medo, e assegura-nos, simultaneamente, o empenho nas realidades terrenas e a promessa da eternidade”, concluiu.
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