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“Peregrinos de esperança”: exposição em Grijó ajuda a preparar o Jubileu de 2025


A 13ª exposição no Mosteiro de Grijó evoca o lema do Ano Santo com obras de 64 artistas plásticos.

 

O Mosteiro de Grijó volta a ser um espaço de divulgação cultural. Já há 13 anos que a paróquia de Grijó em Vila Nova de Gaia tem vindo a promover uma exposição de obras de arte, sobretudo de pintura e escultura, em que muitos artistas locais e do norte do país, têm mostrado faces diferentes da interpretação da vida e dos mistérios através de variadas formas de arte. A exposição costuma ser completada com um catálogo ilustrado que mostra o essencial do seu conteúdo, tal como te sido noticiado por Voz Portucalense.

 

A exposição deste ano evoca o lema do Jubileu do Ano Santo de 2025, “Peregrinantes in Spem“, “Peregrinos de esperança”. Uma edição que conta com a participação de 64 artistas plásticos, especialmente no campo da pintura. O evento é comissariado pelo Cónego António Coelho, pároco de Grijó, e por Bruno Marques, escultor.

 

A exposição teve abertura solene ao público na noite de 19 de julho com a presença do bispo do Porto. D. Manuel Linda louvou a iniciativa e os seus autores e apelou à valorização da esperança como orientação da vida e da fé.

 

Na noite de inauguração da exposição o Coro do Mosteiro de Grijó, sob a direção de Joaquim Marçal, ofereceu um conjunto de oito composições, do séc. XVIII até à atualidade, sob a sugestão “Spes non confundit” (a Esperança não engana). Significativa a presença de uma obra de Afonso X, o Sábio (1221-1284), o celebrado autor da Cantigas de Santa Maria, de que foi apresentado canto “Sancta Maria, Strela do dia”.

 

As exposições no Mosteiro de Grijó são já um evento de agendamento obrigatório que procura responder ao desafio do Papa Francisco na sua Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho” no seu número 167: “É desejável que cada Igreja particular incentive o uso das artes na sua obra evangelizadora, em continuidade com a riqueza do passado, mas também na vastidão das suas múltiplas expressões atuais, a fim de transmitir a fé numa nova «linguagem parabólica». É preciso ter a coragem de encontrar os novos sinais, os novos símbolos, uma nova carne para a transmissão da Palavra, as diversas formas de beleza que se manifestam em diferentes âmbitos culturais, incluindo aquelas modalidades não convencionais de beleza que podem ser pouco significativas para os evangelizadores, mas que se tornaram particularmente atraentes para os outros”.

 

A exposição deste ano está patente até ao próximo dia 20 de setembro.