“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo, 4-7)
No passado dia 15 de dezembro, a paróquia de Santo Ovídio, Vila Nova de Gaia, juntou-se para manifestar a sua gratidão ao Padre (Monsenhor) Fernando Queirós. Numa eucaristia presidida por D. Manuel Linda, a comunidade celebrou a gratidão para com aquele que, durante mais de 62 anos, foi o seu pároco. Aquele que, movido pela força do Espírito Santo e com a ajuda de muitos que inspirava, foi superando obstáculos e edificando a obra, a maior parte das vezes com entusiasmo e alegria e sempre com muita fé.
Uma obra que espelha ativos materiais e sobretudo imateriais. Conforme a palavra dita pela paroquiana Conceição Carvalhosa, “A nossa Igreja simboliza também para nós a certeza de que o trabalho em comunidade, liderado com dedicação, empenho e espírito de sacrifício, por um pároco verdadeiramente inspirado pelo Amor de Deus, pode ter resultados que nos transcendem como indivíduos, mas que nos identificam como irmãos na família de Deus.”.
A palavra que inundou a celebração foi “Obrigado”. Palavra escrita no tapete de flores à entrada da igreja e na lona junto ao altar; palavra também escolhida pelo Sr. Bispo, pelo Vigário da Vara, e pelo Padre Filipe (novo pároco) pela dedicação e inspiração; palavra também escolhida pelos representantes de diversas instituições presentes; palavra que soava dos músicos (cantores e instrumentistas) que animaram a celebração; “obrigado” foi a palavra estampada nos sorrisos, nas lágrimas, nas palmas e no silêncio de todos os paroquianos que encheram a igreja de Santo Ovídio, nesse dia.
Antes de terminar a eucaristia, os paroquianos agradeceram “a generosidade que nos ofereceu, a amabilidade com que nos serviu, a sabedoria com que nos orientou, o amor com que nos acompanhou”, oferecendo ao Padre Queirós alguns sinais da marca que deixou em cada um:
“- uma réplica do sacrário da nossa igreja, simbolizando o amor que nos mostrou de Jesus, a fé que nos inspirou a guardar;
– um cálice e uma patena, sinais da sua vida oferecida e da comunhão que queremos manter consigo;
– uma pintura, imagem do pão partido com que nos alimentou, como pai desta família que não o esquece.”
Após a celebração da eucaristia, seguiu-se um almoço convívio onde foi possível continuar a partilhar e a criar boas memórias. Como qualquer bom líder, o processo de sucessão foi cuidado, pensando nos que ficam e no que vem, não criando sombras, mas sim luz para o caminho futuro. Nunca será demais dizê-lo: “Obrigado, Padre Queirós!”