Informação
A visita Pastoral de D. Roberto Rosmaninho Mariz, bispo auxiliar do Porto, à Paróquia de Paramos, que decorreu de 28 de janeiro a 2 de fevereiro, acrescentou à sua dimensão festiva uma nota particular, por ter início no dia litúrgico do seu Padroeiro, Santo Tirso.
Acolhido pelo Conselho Económico, representantes dos movimentos de Apostolado, autarquia local e muitos fiéis, entrou no templo e, depois de breve oração, saudou todos os presentes.
Nas breves palavras que dirigiu à Assembleia, ficou delineado o essencial da visita: Proximidade, Comunhão, Paz, Esperança, Alegria e Perdão (no contexto da Sinolidade e do Jubileu).
Começou por visitar o Centro Social, Lar de S. José, recebido pelos órgãos sociais, pessoal técnico e auxiliar e idosos. Conversou demoradamente com todos, tomando conta da situação e louvando o carácter humano e a dimensão social desta obra. Partilhou o almoço oferecido por este Centro.
De seguida visitou o Polo Escolar, recebido festivamente pelos educadores com quem se demorou a tomar conta das actividades e pelas crianças, com quem manteve diálogo alegre e muito comunicativo.
Visitou uma empresa de Tanoaria, “arte” com grandes tradições na Freguesia, agora modernizada pelo progresso das máquinas que substituem, em larga medida, o esforço humano. Inteirou-se de todo o âmbito da laboração da empresa, falando com os empresários e os trabalhadores que considerou membros eficazes no progresso social da empresa.
Reuniu-se com o Conselho Económico, tomando conhecimento das várias actividades desenvolvidas na conservação dos espaços religiosos e seu arranjo.
À noite foi recebido pela autarquia local num ambiente de diálogo aberto tendo realçado a necessidade de colaboração com a Paróquia na prossecução do bem comum, cada uma na sua especificidade.
Finalmente, a celebração eucarística em honra do Padroeiro. A partir das leituras e da vida do mártir, encareceu o modo como os cristãos devem sentir e viver os valores da Paixão, da entrega, da Esperança e do Perdão na aceitação do sofrimento como forma de purificação.
No segundo dia visitou o Regimento de Engenharia nº. 3, sendo recebido pelo Comandante e Corpo de Oficiais. Visitou os vários departamentos e presidiu à Eucaristia, na capela do Quartel, concelebrando com o Pároco, Padre Nuno, o Padre Benjamim, capelão-mor e o Padre Jorge, capelão do Regimento, sufragando todos os militares e civis mortos ao serviço da Instituição. Na Homilia vincou que o exército pode estar ao serviço da paz, auxiliando as populações, colaborando com várias autarquias. Lembrou que, como Engenharia, devem construir também “pontes” de concórdia sendo “sementes” da Paz. Terminou com o almoço, assinando, no fim, o “Livro de Honra”.
Visitou alguns doentes, deixando a sua palavra de carinho e de estímulo. Visitou a creche e o infantário do Centro Social, alegremente saudado pelas crianças, com quem falou demoradamente. Teve palavras de gratidão para as professoras e auxiliares.
À noite encontrou-se com os vários movimentos da Paróquia, conversando com os responsáveis e outros elementos acentuando o seu papel dinâmico, de abertura e comunhão. Deu posse ao Conselho Paroquial de Pastoral, entretanto renovado e homologado.
No terceiro dia celebrou a Eucaristia com idosos na Capela Nossa Senhora da Guia, focando a palavra da Liturgia que punha em relevo a virtude da caridade e as obras do Cristão como luz nos nossos caminhos. Dirigiu palavras de agradecimento e de incentivo aos familiares dos doentes e idosos, aos acompanhantes e aos cuidadores.
Visitou uma doente, houve ainda tempo para um passeio-marcha num dos passadiços da Praia de Paramos, onde D. Roberto mostrou a sua excelente forma física. Visitou uma empresa de confeções, também modernizada e amplamente conhecida no País e no Estrangeiro. Finalmente visitou o Rancho Regional Recordar é Viver de Paramos, vocacionado para o Folclore, onde jantou ao sabor e ao som de uma magnífica actuação dos seus elementos.
No quarto dia visitou outra empresa de confeções, sempre em diálogo e em incentivo. De seguida esteve na Unidade de Saúde Familiar, acolhido e em demorado encontro com enfermeiras e médicas, ficando a par de alguns problemas, reflexo daqueles que existem a nível Nacional. Visitou o espaço museológico da Paróquia, destinado à preservação do espolio artístico e a biblioteca, sempre em diálogo com os responsáveis, deixando indicações sobre o modo como se pode aproveitar estes espaços do ponto de vista da comunhão social e cultural.
O dia terminou com um Sarau Cultural no edifício da Banda União Musical Paramense, numa organização conjunta, envolvendo a Banda e o seu Coro, o Grupo Coral da Paróquia e o Rancho Regional Recordar é Viver.
No sábado visitou a Capela de São João, na praia, com breve oração. No salão Paroquial reuniu com as crianças e catequistas, sempre em diálogo animado e no sentido da responsabilização e abertura à Paz e Esperança. Jantou com todas as coletividades da Freguesia sendo saudado por todos os seus representantes que o Senhor Bispo considerou agentes ativos no desenvolvimento social e cultural dos Povos.
No domingo, último dia, encerramento com celebração da Eucaristia e dois momentos marcantes: Administração do Sacramento da Confirmação (8 jovens e 4 adultos) com apelo à coragem e à firmeza Cristã na força do Espírito. E, no início, a bênção das velas, focando na homilia, que todos devemos, como Maria, frequentar o templo e, como Simeão, trazermos connosco Jesus, luz do Mundo e para o Mundo. A manhã terminou em ambiente de festa num almoço partilhado.
D. Roberto deixou uma imagem de entusiasmo e de alegria, de atenção aos problemas e desafios do nosso tempo, de proximidade com o Povo. E todos nós com o Bispo, com a Diocese, com a Igreja, nos sentimos Peregrinos da Esperança.