Maria Saraiva, 22 anos de idade, afirma que «com boas dinâmicas e com bons momentos de oração» conseguem cativar os jovens e eles «gostam»
A Igreja ‘Porto de Abrigo’ de Cedofeita recebeu os adolescentes, jovens e adultos da cidade do Porto que se associaram às ‘24 horas de oração pela JMJ Lisboa 2023’, no último sábado e domingo.
“A oração para um cristão é um pilar, e é a base para a vida de um cristão. Para a JMJ também acaba por ser uma base e estas 24 horas de oração são a prova disso: São 24 horas em que não só se cria a espiritualidade dentro e nós, cria-se também um momento de oração connosco, como também é um momento de união de várias paróquias do Porto e à volta do país”, disse Maria Saraiva, em declarações à Agência ECCLESIA.
A jovem da Paróquia do Santíssimo Sacramento, na cidade do Porto, é catequista, e na ‘Igreja Porto de Abrigo’ de Cedofeita salientou que esta iniciativa é “um momento de união em oração”, não só a nível interior, “mas também para criar um espírito de comunidade entre as paróquias”.
“É uma dinâmica bastante importante para nós cristãos, a oração é a base de qualquer cristão, devemos levar a oração a sério e rezar porque através da oração podemos chegar a muitos sítios”, acrescentou Gonçalo Campos, que é da mesma paróquia.
O jovem entrevistado, que é acólito, leitor, quando é preciso, e ainda integra o coro, adianta que na sua paróquia têm feito “convites” para a participação na JMJ, pessoalmente tem “falado com alguns jovens a tentar motivá-los”: “E acho que estamos num bom caminho”.
O Comité Organizador Local (COL) para a Jornada Mundial da Juventude em Portugal desafiou as dioceses católicas para dinamizarem ‘24 horas de oração pela JMJ Lisboa 2023’, “com Jesus Sacramentado”, pelos frutos desta edição internacional, nos dias 21 e 22 de janeiro.
O padre Rubens Marques, pároco da Senhora da Conceição, explicou que os jovens “responderam muito bem” a este convite de oração e estavam “positivamente surpreendidos”, porque “aderiram todas as paróquias da cidade do Porto, “aderiram os grupos de catequese”, e tinham eco que ia “muita gente participar”.
“Eu penso que este é um dos momentos mais importantes da preparação para a Jornada Mundial da Juventude, esta ocasião das 24 horas de oração e também da possibilidade do sacramento da reconciliação, no sentido de começarmos a preparar o nosso interior para o encontro com Jesus Cristo, que é isso que se pretende numa Jornada Mundial da Juventude”, disse o sacerdote à Agência ECCLESIA.
Nesta diocese, as ‘24 horas de oração pela JMJ Lisboa 2023’ realizaram-se nas chamadas ‘Igrejas Porto de Abrigo’ de cada vigararia (conjunto de paróquias), e, segundo o padre Rubens Marques, neste caso concreto, permitiu “uma proximidade maior entre os jovens da cidade do Porto”.
Em Cedofeita, a oração, durante o dia, mobilizou os jovens do 8º ao 11º volume da catequese, enquanto a noite foi atribuída “aos grupos de jovens e aos adultos de cada paróquia”.
“Os jovens também gostam destes desafios, e são muito abertos à oração, talvez uma oração com uns conteúdos um pouco diferentes que aquela que a liturgia lhes proporciona, embora esta seja a liturgia da Igreja, a mãe de todas as orações. E o desafio noturno para os jovens é interessante, eles acham graça andar de noite em várias situações e também para vierem rezar”, desenvolveu o padre Rubens Marques.
Maria Saraiva, com 22 anos de idade, realça que “a maioria dos jovens acaba por aderir” a estas iniciativas de oração, “com boas dinâmicas e com bons momentos de oração acabam por conseguir e gostam”.
Gonçalo Campos destacou a importância da oração mas assinala que “não só rezar Pai-Nossos, umas leituras, e fazer introspeções”, e lembra “um momento de oração diferente” que preparou “na forma de um musical”, onde andaram “em digressão” por várias zonas do norte, mostrando “uma perspetiva diferente, interessante, da fé como jovens”.
CB/OC | Fotos: Agência ECCLESIA/CB
As edições internacionais da Jornada Mundial da Juventude são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana; a próxima edição internacional da JMJ vai realizar-se este ano, de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.
“A expectativa é que vai ser um momento espetacular, não só para viver a espiritualidade dentro de nós e ver o Papa, por muito que seja ao longe ele vai estar connosco, sentir o Papa cada vez mais próximo, saber que ele está connosco, saber que somos aceites e que somos cristãos acima de tudo, e o mais importante vai ser a noção de que isto é uma coisa mundial”, partilhou Maria Saraiva.
Para a jovem da Paróquia do Santíssimo Sacramento no Porto, que tem uma caminhada de Igreja, onde também integra o Centro de Reflexão e Encontro Universitário – Inácio de Loyola (CREU-IL), dos Jesuítas “faz falta” a dinâmica, a iniciativa, de grupo alargado, de mobilizar muitas pessoas, como acontece numa JMJ, porque “cada vez mais é necessário ir buscar testemunhos a outros sítios”.
Gonçalo Campos, 18 anos, para além das atividades na paróquia integram também um grupo de jovens que faz parte do Movimento católico Oásis, e está com “umas expectativas enormes” para a JMJ Lisboa 2023, porque vai “poder estar com jovens de todo o mundo”, onde estar em oração com pessoas de outras línguas “é também uma forma interessante de partilhar esta fé que é de todos”.
Sobre a mobilização das paróquias da cidade do Porto, e das suas comunidades, para a próxima Jornada Mundial da Juventude, o padre Rubens Marques lembra que a peregrinação dos dois símbolos da JMJ – a cruz e o ícone de Nossa Senhora – em outubro, foi “um sinal muito bom, deu a grande satisfação”.
“Houve a adesão de todas as paróquias, aderiu muita gente, foi, desde há muitos anos, o evento de pastoral de conjunto da cidade do Porto, e é com este espírito de estarmos juntos em comunhão de paróquias que estamos a preparar a Jornada Mundial da Juventude”, disse o responsável pela Paróquia Senhora da Conceição, no Marquês.