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Simpósio do Clero promove formação, reflexão, e a partilha «do entusiasmo de ser padre»


 

 

O secretário da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios disse que o Simpósio do Clero é um momento de partilha “do entusiasmo de ser padre”, para além de “aprofundar” o tema ‘A Identidade relacional e ministério sinodal do presbítero’.

“Os presbíteros em Portugal não são muitos mas já suficientes para um encontro não só humano, de partilha de experiências, de dificuldades, por ventura, mas também do entusiasmo de ser padre, de ser pastor à maneira de Jesus Cristo”, disse hoje o padre António Jorge Almeida, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Segundo o sacerdote da Diocese de Viseu, que é o reitor do Seminário Interdiocesano de São José (Braga), os padres partilham “possibilidades e entusiasmo no mundo de hoje”, num país de 20 dioceses, “em que a experiência eclesial pode acontecer como experiência feliz”.

A Comissão Vocações e Ministérios, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), dinamiza, a partir desta segunda-feira, o Simpósio do Clero 2022, com o tema ‘A Identidade relacional e ministério sinodal do presbítero’, até 1 de setembro, em Fátima.

“Entre a ‘prata da casa’ e pessoas que trabalham a fundo, na prática, estas dimensões, é muito importante porque nos ajuda a aprofundar e a ver mais longe, e a sentirmo-nos Igreja universal também”, realçou o padre António Jorge Almeida, sobre os oradores convidados.

Dos conferencistas internacionais destaca-se a participação de monsenhor Piero Coda, secretário-geral da Comissão Teológica Internacional, Stefano Guarinelli, psicólogo e psicoterapeuta do Centro de Psicologia no seminário de Milão, e da irmã Nathalie Becquart, subsecretária Geral do Sínodo dos Bispos.

“Tem outras presenças que podem ajudar a perceber que aquele binómio padre/clero-povo, já não é um binómio que resulte na pastoral da Igreja; na apostolicidade da Igreja cabem muitos ministérios: ordenados, instituídos, nomeados”, salientou o secretário da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, no Programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

Neste contexto, assinala que no Simpósio do Clero haverá “presenças muito importantes”, que vão falar sobre como “a vida do padre é vista pelas famílias e pelos jovens”, que são duas dimensões “muito importantes” na Igreja, com um casal representante da Pastoral Familiar e uma jovem indicada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), esta terça-feira, e no dia seguinte, irão refletir sobre a sinodalidade no arciprestado, na Unidade Pastoral e na paróquia, com o contributo de padres da Diocese de Bragança-Miranda, de Lisboa e do Porto.

 

 

Sobre o tema do encontro, ‘A identidade relacional e ministério sinodal do presbítero’, o padre António Jorge explica ainda que a primeira parte já foi refletida num encontro de formadores dos seminários, e, a segunda, “é a Igreja no seu todo a dizer que a sinodalidade é importante”.

O padre António Jorge Almeida lembra que o Simpósio do Clero vai fazer 30 anos, em 2023, o primeiro foi realizado em 1993, “logo após a publicação do documento do Papa João Paulo II ‘Pastores Dabo Vobis’”.

A exortação apostólica pós-sinodal de 25 de março de 1992 foi “um dos primeiros impulsos em Portugal” na reflexão sobre o ministério presbiteral.

De três em três anos, a realização do Simpósio do Clero é intercalada com o Encontro Nacional de Formadores no seminário.

“É esta a sequência que, entre a formação sacerdotal e a vivência do ministério, a Igreja se preocupa acompanhar”, observou o secretário da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios.

HM/CB