Informação
PAÇO EPISCOPAL DO PORTO
CONTACTOS/CONTACTS
E-mail: visitaspacoepiscopal@diocese-porto.pt
Telefone/phone: (+351) 223 392 330
(Chamada rede fixa nacional)
HORÁRIOS/SCHEDULE
Inverno / Winter
Segunda a sábado / Monday to Saturday
09h00 - 13h30 (última entrada / last entry: 13h00)
14h00 - 17h30 (última entrada / last entry: 17h00)
Verão / Summer
Segunda a sábado / Monday to Saturday
09h00 - 13h30 (última entrada / last entry: 13h00)
14h00 - 18h00 (última entrada / last entry: 17h30)
Sobre / About
Permanecendo até hoje pouco conhecida a história dos espaços residenciais dos Bispos do Porto junto à catedral, é dado adquirido que, pelo menos desde D. Hugo (1112/1114-1136), responsável pela restauração definitiva da diocese, existia já um edifício com essa função. Ao longo dos séculos foi-se desenvolvendo um complexo arquitetónico do qual subsistem ainda vestígios diversos, como uma fresta tardo-românica (séc. XIII) à direita da porta principal. Entre o século XV e os finais do século XVII podem documentar-se obras diversas mandadas executar por sucessivos prelados. Porém, o momento decisivo verificou-se durante o governo de D. Frei João Rafael de Mendonça (1771-1793), ao qual se deve, na substância, o palácio que ainda hoje podemos visitar.
A construção deste paço, pela sua escala arquitetónica, conceção e riqueza ornamental, proporcionou à cidade do Porto, pela primeira vez, a existência de um verdadeiro palácio. Desde a morte de D. Frei João Rafael de Mendonça até aos inícios da Guerra Peninsular (1807-1814), os trabalhos de construção devem ter avançado de forma regular. Todo este processo acabou interrompido nas primeiras décadas de Oitocentos, devido não só à ocupação da cidade pelas tropas francesas, em 1809, assim como ao complexo cenário que resultou da Revolução Liberal de 1820, da Guerra Civil que lhe sucedeu e que alcançou no longo e duríssimo cerco (1832-1833) que o burgo sofreu, o seu momento mais trágico. Grandemente danificado pelos confrontos militares do período do cerco, o paço só viria a ser reconstruído a partir de 1868, adquirindo, no essencial, a configuração que ainda hoje ostenta.
Na sequência da implantação da República, em 5 de outubro de 1910 e posterior nacionalização, o palácio acabaria por ser transformado, entre 1916 e 1957, em Paços do Concelho. Regressado entretanto à sua função inicial, congrega a residência oficial dos bispos, serviços administrativos e, desde 2016, um espaço museológico.
A visita ao museu, instalado nas áreas mais nobres do edifício, inicia-se pela monumental escadaria neoclássica, ricamente decorada com pintura mural que se funde com grinaldas e flores esculpidas no granito. Uma sequência de salas a lembrar os ambientes palacianos, alberga uma coleção de retratos de bispos do Porto, de entre os quais se evidenciam autores como Henrique Medina ou Júlio Resende. Destaque para a homenagem aos 3os Viscondes de S. João da Pesqueira, grandes benfeitores da Diocese do Porto na primeira metade do século XX. A recriação da sua Sala de Jantar oferece a possibilidade única de contemplar a Baixela Manuelina em prata, desenhada por Rafael Bordalo Pinheiro e executada pela Ourivesaria Reis & Filhos. A terminar a visita, uma das mais belas vistas sobre o rio Douro.
Little is known until today about the history of the residential areas of the bishops of Porto near the cathedral. It is granted that, at the very least, since D. Hugo (1112/1114-1136), responsible for the definitive restoration of the diocese, a building already existed with that purpose. Over the centuries, an arquitectural complex has been developed of which there are still several traces left. Between the 15th and the end of the 17th century, several works can be documented, which were ordered by successive prelates. However, the decisive moment took place throughout the government of D. Frei João Rafael de Mendonça (1771-1793), to whom we owe, substantially, the palace that we can still visit today.
The construction of this palace, due to its architectural scale, conception and ornamental richness, gave, for the first time, to Porto, the existence of a true palace. Since the death of D. Frei João Rafael de Mendonça until the beginning of the Peninsular War (1807-1814), the construction work has progressed regularly. This whole process was interrupted in the first decades of the 1800s, due not only to the occupation of the city by the French troops in 1809, but also to the complex scenario that was consequence of the Liberal Revolution of 1820, the Civil War that succeeded it and reached in the long and extremely hard siege (1832-1833) that the town suffered its most tragic moment. Greatly damaged by the military clashes of the siege period, the palace was only to be rebuilt after 1868, acquiring, in essence, the configuration it still has today.
Following the establishment of the Republic on October the 5th, 1910, and posterior nationalization, the palace would eventually be transformed into the town hallbetween 1916 and 1957. Having now returned to its initial function, houses the official residence of the bishops, administrative services and, since 2016, a museum.
The visit, that includes the most noble areas of the building, begins with monumental neoclassical staircase, richly decorated with mural paintings that blend with garlands and carved granite flowers. A sequence of rooms, reminiscent of palatial environments, houses a collection of portraits of the bishops of Porto, among whom, authors such as Henrique Medina or Julio Resende stand out. Also noteworthy is the tribute to the 3rd Viscounts of S. João da Pesqueira, great benefactors of the Diocese of Porto in the first half of the 20th century. The recreation of the atmosphere of their dining room offers the unique opportunity to contemplate the "Baixella Manuelina" (a Portuguese late gothic silverware), designed by Rafael Bordalo Pinheiro and executed by the goldsmith Reis & Filhos. To end the visit, enjoy one of the most beautiful views over the Douro River.
